O Twitter anunciou uma nova parceria com a eToro, empresa de comércio social, para permitir que seus usuários negociem ações, criptomoedas e outros ativos financeiros diretamente pelo aplicativo do Twitter. A partir de hoje, os usuários poderão visualizar gráficos de mercado em uma ampla gama de instrumentos financeiros e comprar e vender ações, criptomoedas e outros ativos da eToro.

Antes disso, era possível visualizar dados de negociação em tempo real do TradingView em fundos de índice como o S&P 500 e ações de algumas empresas como a Tesla, usando o recurso “cashtags” do Twitter. Com a nova parceria, os “cashtags” serão expandidos para cobrir muito mais instrumentos e classes de ativos.

Essa é uma jogada rara do Twitter desde que Elon Musk assumiu o cargo de CEO depois de comprar a plataforma por US$ 44 bilhões no ano passado. A eToro é uma corretora online que permite aos usuários comprar e vender ações, criptomoedas e fundos de índices, e tem mais de 32 milhões de usuários registrados na Europa, Ásia e Estados Unidos.

Yoni Assia, CEO da eToro, disse que acredita que a parceria permitirá que a empresa alcance novos públicos e conecte melhor as marcas Twitter e eToro. Ele expressou entusiasmo pela interseção entre finanças e mídia social em uma entrevista exclusiva à CNBC, mencionando o surgimento do “Fintwit”, ou Twitter financeiro, como uma tendência popular na plataforma, onde muitas pessoas usam para encontrar as últimas notícias e atualizações sobre ações e outros ativos.

Desde que o Twitter adicionou dados de preços em dezembro de 2022, houve mais de 420 milhões de pesquisas por cashtags em média, cerca de 4,7 milhões por dia em 2023. Assia também comentou sobre a ambição de Elon Musk de transformar o Twitter em um superaplicativo que oferece uma variedade de serviços, incluindo serviços bancários.

Musk expressou sua ambição de fazer do Twitter a maior instituição financeira do mundo durante uma conferência do Morgan Stanley no mês passado. Ele mudou o nome corporativo do Twitter para X Corp antes de concluir a aquisição da empresa, destacando sua ambição em transformar o Twitter em um superaplicativo.

Durante seu mandato como CEO, o Twitter reduziu drasticamente o número de funcionários, reduzindo seu quadro de 8.000 para 1.500 em uma tentativa de reduzir custos e alcançar lucratividade. Isso assustou os anunciantes, com muitas marcas deixando a plataforma devido a preocupações de que seus padrões de moderação de conteúdo cairiam.